Dentro deste copo se esconde
um gosto amargo que me atiça.
Deita em suas bordas uma lua que não brilha
fadas e bichos de meus sonhos tortos.
Minha melancolia está guardada no copo
e um sorriso que me disfarça sem graça.
Bóia no líquido do copo um rio me afunda
e defuntos que me abraçam com flores de enterro.
Cabe na solidão do copo
a lembrança o medo e o desejo.
Reside na água triste deste copo que me absolve
um relógio que devora o tempo.
Ele dispara e arrasta a vida para o fundo do copo.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
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